Homoafetividade e pessoa LGBTQIA+: como a psicoterapia pode te ajudar?
- Psicólogo Felipe Raykowsky
- 11 de ago. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 5 de out. de 2024

Cada ano que passa mais e mais assuntos, temas, políticas e visibilidade giram em torno da comunidade LGBTQIA+ ou em pessoas que se consideram homoafetivas. Direitos e acessos básicos como o casamento e a adoção são ótimos mecanismos na humanização de grupos marginalizados e na legitimação da potência homoerótica e do vínculo homoafetivo.
No entanto, o objetivo desse texto não é em falar sobre conquistas políticas e sociais, deveras importantes, mas no sofrimento das pessoas homo, bi e transexuais nos seus enfrentamentos na vida cotidiana: pública e privada.
Não é novidade dizer sobre o preconceito enfrentado por pessoas LGBT+. Desde muito jovens, e com frequência, sofrem discriminações físicas e verbais. Escutam falas e termos incrivelmente violentos, negativos e pejorativos, inclusive pela própria família. Sua própria existência é fruto de chacota, violência ou humilhação. É muito difícil passar pelo processo de transformar toda essa dor em “Orgulho” ou força, ainda mais quando se carecem tanto de símbolos e representantes gays, lésbicas, trans ou de algum amparo, de forma geral.
O chamado “sair do armário” é um passo importante na transformação de uma vida marginalizada, anônima, isolada, triste e envergonhada para o chamado “Orgulho”! Vestir quem você é perante o mundo. Bancar sua própria existência. Não é um processo fácil. É bem doloroso, mas talvez seja fundamental para se viver a vida com mais genuinidade, honestidade e amor.
No entanto, mesmo para todos(as) aqueles(as) que passaram ou não por esse processo, será que a dor some? Será que se livra dos ferimentos que foram infligidos e suportados com o tempo? Esse texto é para você, pessoa homoafetiva. Cis ou transgênero. Assumido ou não. Quais são as dores, raivas e angústias que fazem parte da sua vida? Qual a legitimidade que você vê na sua própria existência? Será que lésbicas e gays também podem amar? Será que o preconceito e homofobia que você ouviu na sua vida também não parte de você? O quê você vê quando olha para si mesmo(a)?
A psicoterapia é um processo que te convida a reelaborar essas experiências. A legitimar o seu amor, seu afeto e expressão. Trans-formar as angústias em consolo, cuidado e sensibilidade.